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Vasco Falcão, um exemplo de humildade e dedicação ao clube.

A ADC fez questão de reconhecer o valor e o mérito de um dos seus jogadores, das camadas jovens, de futebol. O respeito e o esforço demonstrados para com o Clube que representa fazem dele um exemplo a ser seguido pelos restantes atletas da Associação Desportiva do Carregado.


Numa entrevista, concedida ao site oficial do clube, Vasco contou um pouco do seu percurso como jogador e deu a conhecer um pouco da sua vida. Posteriormente, e em nome de toda a direção, foi-lhe entregue uma Placa comemorativa com o simbolo do Clube, em jeito de agradecimento e reconhecimento.


Para quem não te conhece, conta-nos um pouco do teu percurso como jogador de futebol.

Comecei a jogar futebol por volta dos 4 anos, aqui no Carregado. Entretanto fui chamado para a Academia Sporting de Samora Correira por onde passei 3 anos. Depois disso, ingressei no Futebol Clube de Alverca por onde passei bons momentos e fiquei durante 5 anos. Após esse tempo fui "levado" para o Vilafranquense pelo coordenador de Futebol de Alverca com mais alguns jogadores. Equipa essa que me acolheu durante 4 anos. Na época 17-18 regressei à ADC, ao clube que me viu dar os primeiros toques na bola.

Um atleta de futebol desde os 4 anos. E os estudos?

A nível escolar, a par com esta caminhada pelo mundo do futebol, sempre tive boas notas. Nunca reprovei. E tenho a felicidade de estar a frequentar o primeiro ano de faculdade. Razão que me fez mudar o local de residência para a margem sul, para o Monte da Caparica, visto que anteriormente encontrava-me a viver em Azambuja.

Como fazes nos dias em que tens de vir treinar?

Desloco-me no meu carro até aqui, ao Carregado, demorando cerca de 50 minutos.

Significa que, num dia de treino, percorres aproximadamente 110km de distância entre vir para o Carregado e voltar para casa?

Sim, exatamente. E ainda temos de juntar a isso o trânsito na Ponte 25 de Abril. (risos)

É sem dúvida notável. O que te motiva a percorrer uma distância tão grande para vir treinar? Sabendo que nesta altura não existe competição nas camadas jovens, dadas as restrições devido à pandemia.

Comprometi-me com o Clube! E, na minha opinião, os compromissos são para levar até ao fim. E mesmo não havendo competição, não faz sentido colocar em causa tanto a minha atividade física como compremeter a equipa com a minha ausência. Se vêm treinar também se estão a sacrificar. Para mim não faz sentido não comparecer aos treinos devido à grande distância. Ainda mais porque já tenho transporte próprio e não dependo dos meus pais para me virem trazer aos treinos. Dessa forma, não vejo porque não fazer um sacrifício e estar sempre presente.

É um facto que atletas da ADC, sejam de futebol ou de outra modalidade, vivem mais próximo das instalações e muitas vezes faltam aos treinos. Qual é a tua opinião sobre isso?

Vem da mentalidade de cada um. Aqui ninguém é obrigado a vir, como é óbvio. Não somos profissionais, não há a obrigatoriedade de comparecer. Eu entendo que, por respeito à equipa e à ADC devo vir ao treino. Só em situações extremas é que não compareço aos treinos. Mesmo quando estava doente, a chover, a nevar eu queria sempre vir aos treinos. Mas depende da mentalidade de cada atleta e da forma como se quer envolver com o Clube.

Qual foi para ti o momento mais marcante, desde que representas a ADC?

Nos treinos há vários momentos marcantes. Quando marcamos "aquele golo". Mas realço o torneio em Aveiro, que infelizmente terminámos em segundo lugar após perdermos nos penaltis. Mas são sempre episódios que ajudam a unir o grupo. Outro grande momento foi no ano passado a subida à 1ª Divisão com um grupo muito forte, muito unido que lutou até ao fim. Apesar da infelicidade desta pandemia não nos permitir jogar.

Também já fizeste a tua estreia pela equipa sénior. Certamente um momento marcante para ti?

Sim, mais um bom episódio. Foi num jogo para a taça na época passada. Em que entrei e acabei por fazer um golo. Foi uma estreia com o pé direito.

O Momento do golo, de Vasco Falcão, na estreia pela equipa sénior da ADC.


De que forma encaras, todas estas restrições a nível desportivo?

Afeta-me bastante. Eu vivo e respiro futebol e não poder competir é um factor que me afeta bastante. Apesar de podermos continuar a treinar, a falta do factor competitivo, acaba por me desmotivar um pouco. Não só a mim, como aos restantes atletas com toda a certeza.

Esperando que, na próxima época, tudo regresse à normalidade quais são as tuas perspetivas para o futuro?

Comprometi-me com o Clube e pretendo levar esse compromisso até ao fim. Também sei que para a próxima época subo ao escalão sénior. Espero ter a oportunidade de aqui continuar porque estou num Clube que me trata bem, que me respeita e onde sou feliz. E sei que nos séniores serei bem recebido, como já o fui, por isso é uma questão de esperar e ver o que acontece.

Entrega de uma Placa comemorativa com o simbolo do Clube, em jeito de agradecimento e reconhecimento.

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