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Como nasceu a ADC

Na segunda metade da década de quarenta foram fundadas no Carregado duas coletividades: em 1946, o Clube de Caçadores Carregadense e em 1949 o Sport Lisboa e Carregado.

Os anos iniciais. Em 1946...

O Clube de Caçadores, estruturado com elenco diretivo, estava sediado na Rua Vaz Monteiro, em instalações cedidas pela família que deu nome à artéria. O Sport Lisboa e Carregado não tinha sede social. Vocacionado para a prática do futebol, encontrava-se dependente de um grupo de jovens que reunia num pátio na casa Cleto, situada na Rua Pinto Barreiros. A sua existência foi, contudo, efémera mas as sementes que deixou motivaram o carregadense Faria a reorganizar os jovens.

Desta forma promove, também, participativamente alguns encontros de futebol, de caráter particular, no terreno pertencente à Quinta da Condessa.
Algum tempo depois, a dinâmica gerada com a equipa impele ao surgimento, do Desportivo Juventude Carregadense, sediado na Rua Vaz Monteiro (junto ao Café Imperial) em instalações cedidas pela família Forte. 

A 27 de Setembro de 1950, no decurso de uma assembleia geral do Clube de Caçadores Carregadense, promovida com o obejtivo da explanação da sua situação financeira, o tesoureiro da coletividade, Francisco Rodrigues, propõe ao plenário a realização de um estudo a avaliar as hipóteses da fusão do Clube de Caçadores com o Desportivo Juventude Carregadense, ainda em fase embrionária. Adquire um equipamento “à Futebol Clube do Porto”- para não criar polémicas com os adeptos benfiquistas e sportinguistas.

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1950

O ano da Fundação

A proposta colhe a aprovação unânime da Assembleia e a concordância de alguns membros do Desportivo Juventude, presentes. Em consequência, fica marcado o dia 6 de dezembro de 1950 para a realização conjunta, de caráter extraordinário, das respetivas assembleias gerais. No seu decurso são tomadas decisões transcendentes: a fusão das duas coletividades com todas as consequências económicas e patrimoniais; a escolha do nome da nova coletividade – ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DO CARREGADO – proposto por Manuel Bernardo Paulino e aprovado por maioria;

Determinação da sede social – a mesma ocupada pelo Clube Caçadores Carregadense, na Rua Vaz Monteiro – e a nomeação de uma Comissão encarregada por elaborar os Estatutos da Associação Desportiva do Carregado. Com o intuito de assinalar, de maneira profunda, o empenho de cada grupo dentro da A.D.C. e o nível equitativo de cada um no contributo esperado para o seu desenvolvimento, o plenário decidiu que os números dos associados fundadores fossem atribuídos alternadamente. O primeiro coube ao Clube de Caçadores do Carregado e foi dado a Carlos Soares. 

O Segundo contemplou o Desportivo Juventude Carregadense e destinou-se a António Marques Cleto. Por esta ordem seriam registados os demais. A Associação Desportiva do Carregado adotou as cores usadas pelo Desportivo Juventude Carregadense – branca e azul. Fixou as quotas dos seus associados em 3$00, mensais.

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1951

Os primeiros Corpos Gerentes

A 6 de Fevereiro de 1951, o plenário da Associação Desportiva do Carregado reune-se para eleger os seus primeiros corpos gerentes. A ocasião, solene, foi aproveitada para a distinção de José de Lacerda Pinto Barreiros e António Rodrigues Vaz Monteiro, como sócios honorários. Neste mesmo ano – 1951 – o sócio honorário José Pinto Barreiros, cede à Associação o terreno onde se localiza o atual campo de futebol, para alí se implantarem as estruturas comuns à prática desportiva. Desta incumbência e para angariação de fundos, fica mandatada uma Comissão eleita em Assembleia Geral.

Constituíam a Comissão Manuel M. Abreu, José António Rodrigues, Augusto Luís da Graça, João Luís da Graça, José Mourato, Salvador Pereira e Alberto Desterro. 
O modo encontrado para a captação de fundos foi a realização de festas. Na construção do campo de futebol, para além do investimento financeiro, a Comissão contou com trabalho voluntário e algumas ofertas – os pilares da vedação do campo foram doados por associados e amigos da coletividade. Os nomes destes benfeitores ficaram gravados naquelas estruturas.

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1955

A grande inauguração

A 20 de Setembro de 1955, o Campo de Futebol é finalmente inaugurado para gáudio dos Carregadenses. A Banda de Música da Sociedade Filarmónica Olhalvense abre o cortejo que evolui pelas ruas do lugar, precedida dos estandartes das coletividades convidadas: Águia Sport Vilafranquense; Ateneu Artístico de Vila Franca, Juventude da Castanheira, Sporting Clube de Alenquer, Sport Alenquer e Benfica, Sociedade União Musical Alenquerense, Sociedade Filarmónica Olhalvense e Bombeiros Voluntários de Alenquer.

As autoridades locais comparecem e assistem, conjuntamente com um representante da Federação Portuguesa de Futebol, Direção, associados e população  carregadense, aos encontros de futebol inaugurais, que colocam em confronto as equipas de júniores da Juventude da Castanheira e do Sport Alenquer e Benfica e o Sport Clube de Alenquer contra a Associação Desportiva do Carregado. O pontapé de saída ocorre às 14h45. Do encontro envolvendo a Associação Desportiva do Carregado, sai vencedor o Sporting Clube de Alenquer, após prolongamento. No final do tempo da partida registou-se um empate a uma bola.

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1957

A atividade desportiva, nomeadamente o futebol, recebe um incremento notável com a sucessão de vários torneios.
Na época 1957/1958, a Associação Desportiva do Carregado participa pela primeira vez no Campeonato Distrital da 3ª Divisão da Associação
Futebol de Lisboa, classificando-se em 6º lugar.

1959

Em 1959, o Engenheiro Vasco Raposo Moreira é eleito para o cargo de Presidente da Direção da Associação. Conjuntamente com Luís Carvalho Rosa e Daniel Rodrigues Ribeiro – membros, também, da equipa diretiva teriam uma ação preponderante e decisiva na consecução da aspiração mais profunda da coletividade – um Ginásio / Sede.

1960

Na época desportiva 1960/1961 sucede a segunda presença da ADC no Campeonato Distrital de Futebol da 3ª Divisão. No ano seguinte, ocorre novo interregno na prova, mas a partir da época 1963/1964, a Associação passa a ter presença continuada.

1962

O património da  Associação Desportiva do Carregado seria valorizado significativamente no ano de 1962. A família Pinto Barreiros vende à coletividade pelo valor simbólico de 2.100$00, um terreno com a área de 2100m2.
Da escritura de compra e venda, celebrada no Cartório Notarial de Alenquer em 16 de Março, constam os seguintes condicionalismos expressos por vontade do benemérito:

1- Obrigação de no prazo de trinta (30) anos ser construído um edifício destinado ao Ginásio / Sede da A.D.C. com 1900m2 de área coberta;

2- Obrigação de não contrair empréstimos que no global excedam o valor de cem mil escudos (100.000$00);
3- No caso da extinção da ADC ou não cumprimento das duas anteriores cláusulas, fica a mesma sujeita à seguinte penalidade:

a) Obrigação de dar, o título de indemnização, a importância que nessa data tiverem a cotação oficial, centro e setenta (170) livras de oiro, à Igreja do Carregado, que deverá aplicar essa importância em obras de assistência no Carregado;
4- As penalidades impostas, cessam no dia 31 de dezembro de 1992.
Dois dias após a escritura do terreno, a 18 de março de 1962, realiza-se uma Assembleia Geral da Associação. No seu decurso são avançadas as linhas programáticas do projeto de construção do Ginásio / Sede e é feita, com este propósito, uma colecta que rende 1.123$00. Acontece, ainda, a entrega formal da cópia da escritura do terreno pelo Presidente da Direção Engenheiro Vasco R. Moreira ao Presidente da Assembleia Geral Dr. Guilherme Delgado e a oferta à Associação  de 200.000$00, pelo Eng. Vasco Moreira consignados ao pagamento da mão-de-obra, a envolver pelo empreendimento.

Os associados vibram de entusiasmo e comemoram estas conquistas com um beberete. 
Para materializar a ideia do Ginásio / Sede, são executadas visitas de estudo de diversas coletividades dos concelhos limítrofes. O primeiro projeto teve como autor José Carlos C. Silva. Foi apresentado aos associados pelo Engenheiro Vasco Raposo. Previa 2 pisos, uma cave e um salão polidesportivo, adaptado para festas e cinema. Não obtém, contudo, o apoio dos poderes públicos, a quem a Associação recorre para obter financiamento por contemplar atividades culturais e desportivas no mesmo espaço. Posteriormente, o projeto seria retificado pelo Engenheiro Hélio Bessa S. Neves.

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1968

1970

O rápido crescimento

A nova sede, depois de ter sido restaurada, foi inaugurada  em 12 de maio de 1968. Cumulativamente, a atividade desportiva sofreu, neste ano, acentuada evolução: as exigências para a prática do futebol em regime de competição, obrigaram  à melhoria qualitativa das estruturas do campo; os atletas séniores e amadores participaram, com brio, nas provas realizadas pela AFL – III Divisão e no Torneio “Taça Diário Popular”, no qual foram vencidos pelo Paço d’Arcos. Os Júniores competem, pela primeira vez, no campeonato da II Divisão Distrital, onde atingem a 2ª fase da prova. A ADC filiou-se na Associação de Ténis de Mesa de Lisboa. Foi em 1968, que o plenário da coletividade nomeou uma Comissão Pró-Ginásio/Sede, incumbida de preparar o início das obras. O trágico falecimento do Engenheiro Vasco Raposo, principal mentor do empreendimento – na altura Presidente da Assembleia Geral, ensombra a atividade da Comissão. Dois anos depois, em 1970, um grupo de associados formou a Comissão de Festas do Carregado.

O reatamento das Festas teve como finalidade a obtenção de dividendos financeiros destinados a custear a construção do Ginásio/ Sede. No dia 8 de dezembro de 1970, debaixo de muita emoção, foi implantada a primeira pedra do edifício e promovido um cortejo de oferendas que é bem sucedido. À construção do rés-do-chão da casa suceder-se-ia o 1º piso, concluído em 1976. Logo que este espaço é colocado em funcionamento, opera-se o abandono das instalações da antiga sede e a junção de todo o espólio da Associação fica concentrado no edifício. Os associados e a população, em geral, passaram a dispôr de um local de encontro social.  Mas estas estruturas, volvidos alguns anos, demonstram ser limitadoras face à evolução sócio-económica do Carregado.
Constatação que levou os dirigentes da ADC, em 1982, a voltar a organizar os festejos do Carregado, com a intenção de obterem financiamento para custear, no futuro, a construção de um pavilhão Gimnodesportivo.

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1975

Em Futebol, os júniores, mesmo derrotados pela equipa “Os Barcelenses” por 3-0 na fase final, ascendem ao Campeonato Nacional de Júniores, proeza ainda não ultrapassada por outra coletividade do concelho;

1976

Na época de 76/77 a Associação Desportiva do Carregado inicia a secção de ginástica, realizando-se nesse mesmo ano o 1º Sarau Gimnico.

1977

A Associação Desportiva do Carregado homenageou, em 1977, o sócio Manuel Maria Abreu, atribuindo-lhe o galardão “Mérito Desportivo” e elevou-o à categoria de Sócio-Honorário.

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1989

Em 1986, a Associação obtém do Estado a verba de 36 mil contos, através de despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, destinada a comparticipar os custos com a nova obra, orçada em 60 mil contos. O novo empreendimento, orgulho da população Carregadense, é desenvolvido em 1989, ano a partir do qual se inicia a construção do Pavilhão polivalente.  A população apoia, com donativos, o cortejo de oferendas organizado pela ADC.

Adjacente ao Pavilhão, inicia-se nos anos de 1992 e 1993 a construção de dois ginásios. 
Colateralmente aos esforços desenvolvidos com a construção do pavilhão polivante e anexos, ocorrem atividades desportivas, recreativas e sociais. O Carregado afirma-se paulatinamente no contexto da região, sustentado pelo privilégio da sua localização geográfica, valorada por duas das mais importantes rodovias nacionais, responsáveis pela atração de diversas atividades industriais de grande incremento.

O nível populacional acelera a partir dos anos setenta, atitude que tem reflexos profundos na vida da Associação Desportiva do Carregado. A assunção desta realidade, pesem todas as vicissitudes, catapulta a coletividade para a promoção de diversas realizações.

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Os anos de ouro

2001

2007

Na época 2000/2001, a equipa de futebol sénior subiu à 3ª Divisão do Campeonato Nacional, alcançando um feito histórico para o clube e para todo o Concelho de Alenquer.

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Na época 2006/2007, a equipa de futebol sénior alcança novo feito histórico para o clube e para o Concelho ao conseguir a subida à 2.ª Divisão Nacional. Na mesma época, as equipas de Juvenis e Juniores subiram à 1.ª Divisão e à Divisão de Honra do campeonato distrital. Imediatamente na época seguinte, a equipa de Juvenis atinge mais um marco histórico ao sagrar-se campeã distrital da 1.ª Divisão, tendo por mérito próprio a subida para a Divisão de Honra.

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2009

Na época de 2009/2010, por ter vencido a sua série e devido à desclassificação das equipas do Vizela e Gondomar, a Associação Desportiva do Carregado foi convidada para participar no futebol profissional, a anteriormente designada Liga Vitalis, tendo realizado boas participações, apesar da equipa ter sido estruturada e preparada para competir, nessa época, no futebol amador – Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

2015-2020

O Futuro

O futebol de formação da ADC tem vindo a conquistar o seu espaço no panorama desportivo distrital, com as suas equipas de escolas infantis, iniciados, juvenis e juniores a competir nos principais campeonatos distritais e a Escolinha de Futebol, com cerca de 100 crianças praticantes, é um projecto desportivo de cariz não competitivo de enorme sucesso no desenvolvimento da actividade desportiva na Vila do Carregado. A ADC continua a apoiar as modalidades de Ginástica de Acrobática, Motricidade, Formativa e Babygym.

Outras modalidades como o Yoga, nas artes marciais o Taekwondo e o Kenpo e, recentemente, reergueu a modalidade de Futsal. Contando com cerca de 3.000 sócios, é hoje um clube com dimensão nacional e o mais representativo do Concelho de Alenquer. Pretende continuar a melhorar as suas infra-estruturas desportivas, tendo em vista a dinamização e o desenvolvimento da prática desportiva na freguesia do Carregado, fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população.

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